25 de mar. de 2011

Janelas

(Djanira)

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Em todas as janelas me debruço,
em todos os abismos
estendo uma corda
e caminho sobre o nada.
Também ando sobre as águas,
subo em nuvens,
galgo intermináveis escadas.
Abro todas as portas
e cavernas com um sopro
ou três palavras mágicas.
Mergulho em torvelinhos,
danço no meio do vento,
pulo dentro da tempestade.
Em cada encruzilhada me sento
e tento arrumar o destino,
estranho castelo de areia.

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Roseana Murray
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3 comentários:

maria neusa guadalupe disse...

Amo essa poeta carioca!Amo seus livros,seus poemas,seus contos.Obrigada por compartilhar.Beijos amigos.

Gilsa Elaine disse...

Ameio o poema! Belíssimo. Não conheço muito suas poesias, mas venho me aproximando delas com muito entusiasmo.
Um abraço!

Ingrid disse...

sempre bela querida Leonor..
estar por aqui novamente me encanta..
beijos perfumados