3 de jul. de 2010

palavras...

.
.
Palavras
.
Golpes,
De machado na madeira,
E os ecos!
Ecos que partem
A galope.
.
A seiva
Jorra como pranto, como
Água lutando
Para repor seu espelho
sobre a rocha
.
Que cai e rola,
Crânio branco
Comido pelas ervas.
Anos depois, na estrada,
Encontro
.
Essas palavras secas e sem rédeas,
Bater de cascos incansável.
Enquanto
Do fundo do poço, estrelas fixas
Decidem uma vida.
.
Sylvia Plath
(Tradução de Ana Cristina Cesar)

.

6 comentários:

Dalva M. Ferreira disse...

Eu gosto de todo alimento que você nos dá, até os mais amargosos. Obrigada, Leonor. Gostei da imagem das estrelas no fundo do poço!

Unknown disse...

Valeu,amei.

Beijo.

Suzana Martins disse...

Lindo demais!!!

Eduardo Eugênio Batista disse...

Adorei! A segunda estrofe é belíssima, tem um que de piedade que transtorna. Abraços!

Theo G. Alves disse...

como é bonita a poesia. por natureza.
abraço!

Unknown disse...

Sylvia Plath, esse nome sempre me soa como uma bofetada... de palavras,

abraço