4 de jul. de 2007

Sob o signo da dispersão ...

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Foto de José Luis Mendes.
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. Quanto de nós ao tempo se consome,
E perde a substância, que o sustenta,
Quanto de nós decorre de uma fome,
Que de angústia somente se alimenta...
Que somos nós mais que precário nome
De um transitório tempo, que se ausenta?
De que vale batalhar por um renome.
Que ao embate das ondas se arrebenta?
Somos poeira dispersa, quando venta,
Somos precária carne esmaecida,
Sujeita a corrosão roaz e lenta.
E logo vêm o tempo da partida
E a sofrida voz, que se lamenta
Do trânsito fugaz de nossa vida...

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.São Paulo, 9 de junho de 2007

.Antônio Lázaro de Almeida Prado

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Um comentário:

Anônimo disse...

Leonor!
O Prof. Antônio Lázaro, como sempre, perfeito.